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Perfil

José Roberto Chiarella

Meu nome é José Roberto Chiarella e sou educador. Estarei neste espaço todas as semanas falando sobre as necessidades da Educação – uma das minhas maiores paixões – principalmente na cidade de Santos. Sou professor de Educação Física formado em 1986 e coordenador do Colégio Objetivo na Baixada Santista na cadeira de Direito e Cidadania e Formação para a Vida. Como advogado, tenho especialização em Direito Digital pelo Mackenzie e mestrado em Relacões Internacionais Laborais pela Untref, na Argentina. Agora que vocês já conhecem um pouco do que faço, quero falar justamente sobre o que mais gosto de fazer na vida: ensinar. Como meu foco principal é Santos, vou me restringir à cidade, com algumas poucas incursões pelo ensino estadual e federal, que complementam a nossa formação.

Claro que o aluno é o nosso objetivo principal, mas antes quero comentar sobre os professores. Não posso falar de professores sem citar a paixão da maioria por ensinar, repassar conhecimento e demonstrar amor pelos pequenos e pela maravilhosa profissão. Só para se ter uma ideia da importância do professor, no Japão, somente eles não precisam se curvar diante do imperador. Todos os outros, sejam importantes ou não, são obrigados. Como por aqui a situação é bem diferente, afirmo que o professor tem de ser movido por algo a mais, pois ele transmite educação aos homens e mulheres do futuro. Isso é muito mais profundo do que se pode imaginar. E, para realizar esse ministério, é preciso amor. Muito amor.
Nossos professores da rede pública – e aí junto de todos os níveis – não são remunerados de forma justa, seus salários estão defasados, eles trabalham muitas horas além do obrigatório, enfrentam condições duras, como falta de material adequado, estrutura física comprometida das escolas, insegurança no local de trabalho e muitas outras dificuldades. Mesmo com todos esses problemas, com muita determinação, conseguem manter o amor por ensinar. Na rede particular a realidade é outra, com salários justos. Por que o gestor privado consegue e a rede pública não?

Em Santos as nossas escolas municipais são do Fundamental I, a antiga Pré-Escola, e Fundamental II, que vai até o nono ano. Depois disso, a municipalidade divide a responsabilidade e os custos com o Estado de São Paulo. Assim, vou procurar me restringir às situações que dependem única e tão somente da Prefeitura para caminhar. Uma hora dessas falarei sobre a frágil estrutura física de boa parte dos nossos prédios escolares, mas agora gostaria de enfatizar a necessidade de os pais, tios, avós, enfim, os responsáveis pelas crianças, terem uma aproximação maior e real com as escolas e não se limitar à entrada e saída dos alunos.

Entendo que tudo deve se iniciar no Fundamental I, que recebe crianças menores, normalmente acompanhadas na entrada e na saída das aulas. Temos de, cada vez mais, dar atenção à acessibilidade geográfica dos alunos às escolas. Direcionar as crianças aos estabelecimentos de ensino que ficam mais próximos de suas casas é o primeiro passo. Fica mais fácil a mãe, o pai, o irmão mais velho, um parente ou amigo levá-las e buscá-las a pé, sem a necessidade de carro ou outro meio de transporte. Isso, além de ser mais prático, reduz a falta da garotada às aulas em dias de chuva, por exemplo. Pode parecer óbvia essa argumentação, mas nem sempre tem acontecido. Talvez esse seja o ponto de partida da melhora da Educação na cidade de Santos.

Professor Chiarella