Em Santos as nossas escolas municipais são do Fundamental I, a antiga Pré-Escola, e Fundamental II, que vai até o nono ano. Depois disso, a municipalidade divide a responsabilidade e os custos com o Estado de São Paulo. Assim, vou procurar me restringir às situações que dependem única e tão somente da Prefeitura para caminhar. Uma hora dessas falarei sobre a frágil estrutura física de boa parte dos nossos prédios escolares, mas agora gostaria de enfatizar a necessidade de os pais, tios, avós, enfim, os responsáveis pelas crianças, terem uma aproximação maior e real com as escolas e não se limitar à entrada e saída dos alunos.
Entendo que tudo deve se iniciar no Fundamental I, que recebe crianças menores, normalmente acompanhadas na entrada e na saída das aulas. Temos de, cada vez mais, dar atenção à acessibilidade geográfica dos alunos às escolas. Direcionar as crianças aos estabelecimentos de ensino que ficam mais próximos de suas casas é o primeiro passo. Fica mais fácil a mãe, o pai, o irmão mais velho, um parente ou amigo levá-las e buscá-las a pé, sem a necessidade de carro ou outro meio de transporte. Isso, além de ser mais prático, reduz a falta da garotada às aulas em dias de chuva, por exemplo. Pode parecer óbvia essa argumentação, mas nem sempre tem acontecido. Talvez esse seja o ponto de partida da melhora da Educação na cidade de Santos.
Professor Chiarella